Uma avaliação sobre as práticas educacionais relacionadas ao EAD.
Em uma avaliação da Educação a Distância já a bastante tempo é observada como um caminho para os problemas enfrentados pela educação. Observa-se que, Silva, Antônio (04/2004) já fazia comentários:
A educação à distância é apontada e vislumbrada como solução para as carências educacionais, ensejando tais perspectivas, projetos de educação a distância são inseridas em políticas educacionais, que deve atentar para o contexto cultural em que esteja inserido e as condições reais que se desenvolve, com o objetivo de proporcionar ao educando uma autonomia do ato de aprender. Ao identificar qual a função da educação, poderemos, assim, perceber o seu real papel, pois cabe a educação propiciar ao educando, independente de modalidade de educação a distância ou presencial:
Aquisição de consciência crítica, criativa, participativa, questionadora.
Formação sólida que assegure: dominar conteúdos; compreender os princípios básicos que fundamentam o ensino numa visão globalizada da cultura; apresentar referências teóricas para análise, interpretação da realidade.
Ação educativa capaz de vincular teoria e prática, voltada para a percepção das relações entre os contextos sócio-econômico-político e cultural.
Diante observa-se, que a modalidade do EAD se trata de uma importante modalidade educacional pedagógica para o momento atual. Sabemos, que a globalização nos trouxe relações com benefícios de acessibilidade, rapidez nas informações, ligações com o mundo, novos meios de estudo e capacitação e também malefícios como alienação, exclusão social e ritmo acelerado. Um quadro que mostra, que os benefícios podem ser maiores e necessitam de políticas mais eficazes.
De acordo com Pretto (2006),
(...). No campo das políticas para a educação, a cultura, a ciência e a tecnologia, ainda estamos vendo propostas que não se articulam, como se cada ministério fosse responsável pela solução dos problemas brasileiros a partir de uma atuação isolada em cada área. Urge pensarmos o Brasil de forma mais global, coerente com o mundo contemporâneo (...). Mesmo com as desarticulações dessas políticas, percebemos alguns avanços nestes últimos anos e gostaria de destacar a política de introdução do software livre (softwares não-proprietários) na administração federal, com particular destaque para a ação do MEC em lançar o edital do Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação) para compra de computadores incluindo a possibilidade do software livre, o que era praticamente impensável num passado bem recente.
Assim como destaca, Pretto tivemos algumas ações para balizar o ensino à distância uma primeira versão foi elaborada em 2003. E esta veio com mudanças, que somente veio a consulta pública em 2007. E temos, que:
Esses Referenciais de Qualidade circunscrevem-se no ordenamento legal vigente em complemento às determinações específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773, de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007.Embora seja um documento que não tem força de lei, ele será um referencial norteador para subsidiar atos legais do poder público no que se referem aos processos específicos de regulação, supervisão e avaliação da modalidade citada.
Trata-se de um documento sem força de Lei, no entanto um bom parâmetro para avaliarmos e balizarmos um bom ensino, segue os principais parâmetros:
Concepção de educação e currículo no processo de ensino e aprendizagem;
Sistemas de Comunicação;
Material didático;
Avaliação;
Equipe multidisciplinar;
Infraestrutura de apoio;
Gestão Acadêmico-Administrativa;
Sustentabilidade financeira;
São parâmetros e orientações contidas neste documento, que tem a função indutora, não só em termos da própria concepção teórico-metodológica da educação a distância, mas também da organização de sistemas de EAD no Brasil.
